domingo, 25 de setembro de 2011

Expedição de Guerra a Cuba

Era agosto de 2005 tempo em que o calor e a secura deixavam o clima de Brasília insuportável. Por toda parte onde se olhasse a cena era  a mesma: grama seca e amarelada e muita fumaça, oriunda das queimadas que nesta época se multiplicam na cidade.

Foi quando o Senhor colocou em nosso coração o desejo de fazermos "o jejum de Daniel". Foram 21 dias sem comer carne de nenhum tipo, sem doces, sobremesas, sucos ou refrigerantes. Para completar o cardápio, retiramos o perfume e a televisão. Passamos a fazer reuniões todos os dias à noite e estávamos dispostos a chamar a atenção de Deus com a nossa humilhação e adoração. Lembro-me que eu e mais alguns pastores da igreja vestíamos de saco de lixo preto tão grande era a consciência da nossa pequenez e tão grande era a fome pela manifestação da glória de Deus. E Ele veio! Vimos uma poderosa unção sendo derramada sobre a igreja, gerando em nossos corações um amor tão grande pelas nações como nunca havíamos sequer imaginado que fosse possível existir. O ministério de louvor "Além do Véu" foi tomado pela glória de Deus e o Ministério de Adoração com Danças experimentou um grau de manifestação profética tão forte que chegava a assustar quem não conseguisse entrar naquela nuvem.

Foi nesse tempo que o Senhor de forma inexplicável trouxe ao nosso coração um peso de oração por Cuba. Não sabíamos porque mas tínhamos a certeza de que Deus nos estava querendo usar para realizar algo extraordinário naquele país. Assim, de pronto mandamos confeccionar a Bandeira de Cuba e ela passou a ser parte integrante dos nossos cultos desde então. Orávamos sobre a bandeira, fazíamos atos proféticos com a bandeira e profetizávamos sobre aquela nação. Nossos corações foram tomados por um amor crescente por aquele povo. Dois meses depois de iniciarmos este mover de intercessão e guerra em favor de Cuba, chegou para nossa igreja um jovem médico de origem cubana, o que serviu para testificar em nosso espírito que estávamos no caminho certo. Afinal, agora tínhamos não apenas a bandeira mas um cubano em carne e osso. E os atos proféticos foram aumentando cada vez mais e as regiões celestiais daquela nação passou a receber intensos bombardeios em favor de sua libertação.

Nos meses de outubro e novembro, realizamos duas campanhas que marcaram profundamente nossas vidas, enquanto igreja: Outubro de Fogo e Novembro de Glória.Estiveram conosco profetas de toda parte e os céus desceram sobre aquele lugar, de tal maneira que experimentamos um verdadeiro batismo de fogo. Assim, quando chegamos ao mês de novembro pudemos ver a glória manifesta de Deus sobre a igreja. Pessoas acorriam de toda parte para Águas Claras para entrar naquela nuvem. As palavras são insuficientes e incapazes de descrever a quantidade de milagres e manifestações sobrenaturais que aconteceram em nosso meio naqueles dias.

Foi nesse período que o Senhor confirmou que estava me entregando o dom apostólico e derramando sobre a nossa igreja a unção apostólica. O dom é pessoal, mas a unção é coletiva e extravasa para além do indivíduo. Muitas palavras proféticas foram liberadas sobre nós e uma delas era de que nós em breve iríamos a Cuba porque Deus nos estaria dando aquela nação por herança.

Debaixo dessa palavra, passamos a interceder ainda mais por Cuba, combatendo contra os principados e potestades que ali operavam. Esse processo de oração se estendeu por 7 meses. No sétimo mês, recebemos a autorização para irmos àquela nação. Assim, antes da viagem, subimos ao monte por 40 dias orando ainda mais intensamente para que ao pisarmos naquela terra a pudéssemos conquistar inteiramente para o reino de Deus. O Espírito Santo separou de entre nós cinco homens que deveriam estar nessa expedição de guerra.

Quando faltava apenas um mês para a nossa partida, algo extraordinário aconteceu. Era carnaval e nós decidimos ficar na cidade para construirmos um trono de adoração ao Senhor. Assim, realizamos uma conferência internacional a que batizamos de "Visitação 2006". O fogo pentecostal e a Glória manifesta de Deus foram uma realidade naqueles dias. No último dia, quando estava pregando um apóstolo de origem inglesa, ele foi tomado pelo Espírito e derramou sobre a minha cabeça uma jarra inteira de azeite e declarou que Deus me estava ungindo apóstolo das nações a partir daquele momento. Glória a Deus!

Hoje entendo que aquela unção era fundamental para o sucesso da missão que iríamos enfrentar em Cuba. Unção e missão andam juntas como duas faces da mesma moeda. Sem unção não hã sucesso na missão e sem missão a unção se desperdiça.

Voltando um pouquinho no tempo, naquele 40 dias que subimos ao monte antes da viagem, Deus começou a mostrar lugares que deveríamos realizar atos proféticos naquele país. Nós desenhamos os locais como descrito por Deus ao profeta. Como Deus é tremendo!! Tudo que Ele faz tem um sentido e um propósito.

Era março de 2006 quando desembarcamos na cidade de Havana, em Cuba. Na mala, vários vidrinhos com óleo ungido para ser usado nos atos proféticos que iríamos realizar. Deus nos dera a estratégia de andarmos de sandálias para facilitar o ato de pisar com a planta dos pés nos lugares como marca da conquista do território. Deixamos as malas no hotel e fomos à procura dos monumentos descritos nos desenhos.

Sempre a pé, caminhamos durante algumas horas até darmos de cara com o primeiro monumento descrito no desenho que Deus dera ao profeta. Era como uma torre muito, muito alta, todo de mármore branco, em um local ao lado do palácio do Poder, de onde governava Fidel Castro. O monumento que é como um obelisco, era circundado por um pentagrama (símbolo do satanismo) e tinha ao seu lado uma estátua de um herói da pátria montado em seu cavalo. DEus nos autorizou a ungirmos nossos pés, tirarmos as sandálias e darmos sete voltas em volta daquele monumento profetizando a queda daquele principado que controlava o poder político da nação.

Voltamos para o hotel agradecidos a Deus pela primeira batalha vencida. No dia seguinte, em jejum, saímos do hotel em direção ao centro de Havana. Estávamos procurando por um prédio que segundo o desenho tinha um bola como se fosse o planeta terra no alto do mesmo. Andamos por mais de 6 horas e nada encontramos. Foi quando nos sentamos e oramos e Deus falou a um dos profetas do grupo que iria nos dar um sinal claro. Quando terminamos de descansar que já íamos nos levantar, ouvimos um saxofone tocar ao longe, de tal maneira que todos foram atraídos pelo som. Nos entreolhamos e falamos quase em uníssono: é o sinal. E de fato era. Quando olhamos para a nossa esquerda, lá estava um edifício alto com todas as características mostradas anteriormente para o profeta e então ao chegarmos ao local, descobrimos que era o principal prédio da Maçonaria Cubana. Mais uma vez, tiramos as sandálias e ungimos nossos pés. Entramos falando em línguas e assim permanecemos. O Guarda nos levou à principal sala onde havia um museu com deuses e ídolos de todas as nações da terra, um verdadeiro santuário demoníaco, um lugar tenebroso. Enquanto dois de nós distraia o guarda, os demais com as mãos encharcadas de azeite, ungiam e profetizavam a queda daqueles poderes malignos. Voltamos para casa com a alegria de termos cumprido a missão do dia. No hotel passávamos tempo orando e adorando ao Senhor falando o máximo de tempo em línguas dos anjos pois tínhamos a informação de que nos quartos do hotel havia câmeras e escutas do Governo de Fidel.

Restava apenas um monumento a ser encontrado. Por dois ou três dias o procuramos até encontrar. Era o principal teatro de Cuba, uma arquitetura lindíssima, com uma estátua da deusa Afrodite. Entendemos que tratava-se de um principado que governava a cultura daquele povo e que os escravizava gerando um alto índice de prostituição. Lembro-me que entrevistando um taxista, ele demonstrava o seu desencanto com a realidade social do país, a ponto de as crianças já desde cedo manifestarem abertamente o desejo de serem prostitutas. Explico: É que com o embargo americano imposto a Cuba, nenhum país que queira ter relações comerciais com os Estados Unidos podia manter comércio com Cuba. Assim, o país encontrava-se naquela época em um estado tal que a economia estava detonada pela falta de dólares. Por isso, o Estado foi incentivando o turismo e fazendo vistas grossas para a prostituição. A coisa cresceu de forma extraordinária, a tal ponto, que em apenas uma avenida, a Malecón era possível ver centenas de lindas mulheres expostas em busca de turistas. Curioso, entrevistei uma moça que era prostituta e perguntei se ela tinha alguma formação e ela me respondeu que era médica e que estava se prostituindo para que os turistas deixassem dólares no país dela e assim Fidel pudesse melhorar a vida do povo. (Essas duas entrevistas eu as fiz em 99 quando havia estado em Havana a trabalho).

Enquanto tês de nós ungia as colunas que sustentavam aquele teatro, outros dois entraram como turistas acompanhando um grupo que era acompanhado por um guia local e com os pés descalços e ungidos e também com as mãos ungidas, tocamos os objetos e ungimos portais, falando em línguas e profetizando a queda e o fim do domínio daquele principado demoníaco.

A missão estava cumprida. Mas Deus nos reservou ainda outras experiências naquele país. Além de ungirmos outros lugares, fomos agraciados com o privilégio de pregar em duas igrejas cubanas e conhecer alguns pastores daquele país.

Pois bem, voltamos ao Brasil e logo que chegamos, recebemos uma palavra profética de um pastor americano que nos visitava e que não sabia que tínhamos ido a Cuba. Deus falou por seu intermédio que era para nós contarmos três meses e veríamos o resultado da nossa missão. Passou-se abril, maio e terminou o mês de junho. Quando chegou a primeira semana de julho, Fidel Castro caiu doente e teve que sair do poder e nunca mais voltou. No hospital, visitado por uma delegação de pastores, ele confessou Jesus como seu Senhor e Salvador.

Um mês após a nossa chegada daquele país, houve uma conferência profética de missões em Goiânia promovida pela MCM e nós fomos participar. Não sabíamos mas um dos preletores era um apóstolo cubano chamado Emiliano. Quando assumiu o microfone ele começou a agradecer de púlpito a alguns apóstolos brasileiros que foram ao seu país e entraram em lugares onde nenhum pastor cubano poderia entrar, e realizaram atos proféticos nesses lugares, trazendo libertação para sua nação. Ele contou que há muito Deus revelara os lugares para os pastores cubanos mas eles não podiam lá entrar, mas que Deus enviara esses apóstolos brasileiros para ajudá-los. Disse ainda que desde a nossa ida àquele país os céus mudaram e que a igreja estava avançando desde então de forma extraordinária. Aleluia! Toda honra e toda glória ao Rei dos Reis!! um dos responsáveis pelo evento foi até ao ouvido dele e falou que eu estava ali e ele me convidou à frente e me abraçou efusivamente e choramos juntos.

É como disse o Senhor: "Pede-me, e te darei as nações por herança e os povos por tua possessão."



Um comentário:

  1. Boa noite...
    Gostaria de saber se você tem o contato desse apóstolo Emiliano?

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