segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Quando a era do gelo chega à igreja - parte II

Sintomas do esfriamento Espiritual

O esfriamento espiritual possui alguns sintomas.

A palavra sintoma pode ser traduzida como sendo um indício que revela uma alguma lesão ou perturbação funcional em um órgão.

Os sintomas nos ajudam a identificar uma dada realidade e servem para nos guiar na constatação do que de fato está acontecendo em um dado momento.

A pergunta a ser feita é: Quais são os sintomas que demonstram que estamos sob a influência de um esfriamento espiritual?

O Dr. Russel Shedd identificou alguns destes sintomas e por isso tomamos emprestado dele o que descrevemos a seguir, ampliados por nossos comentários:

Quando já não temos apetite para as coisas espirituais
Um dos primeiros sintomas do esfriamento espiritual acontece quando perdemos o apetite pelas coisas espirituais. Simplesmente não temos vontade de orar, jejuar, ler a Bíblia, ir ao culto, participar de uma vigília, ou de qualquer outra atividade espiritual.

Quando a oração deixa de ser vital
Quando estamos frios espiritualmente relegamos a oração para um plano secundário. Tomamos as rédeas da nossa própria vida e enfrentamos tudo na força do nosso próprio braço. A vida de oração perde a razão de ser e não sentimos qualquer necessidade de orar.

Quando a Bíblia passa a ser apenas um enfeite
A frieza espiritual nos distancia da Bíblia que deixa de ser a nossa bússola para ser apenas mais um componente do nosso visual de domingo, ou seja, um mero enfeite.

Quando temos vergonha de sermos identificados como crentes
Outro sintoma da frieza espiritual é a vergonha de ser identificado como crente. Parece que essa identidade com Cristo e com sua igreja passa a produzir na pessoa um peso que ela não está disposta a carregar. Ele quer se sentir livre de qualquer compromisso ou rotulação evangélica. A reação é a mesma que o apóstolo Pedro teve quando foi abordado no pátio da casa do sumo sacerdote Caifás. Assim como Pedro a pessoa passa a negar que conhece a Jesus e que o segue.

Quando sentimos vergonha de evangelizar
O crente frio não evangeliza porque tem vergonha de assumir Jesus para o mundo. Não tem nada a ver com falta de preparo para evangelizar, é vergonha mesmo. Não é uma vergonha oriunda da timidez, é vergonha de ser visto como crente.

Quando o conhecimento bíblico torna-se apenas teórico
Quando estamos frios deixamos de olhar para a Bíblia como regra de fé e conduta e a consideramos apenas do ponto de vista teórico. Passamos a saber muito e a até discutir teologia, mas na prática não vivemos a palavra.

Quando os cultos já não são motivos de alegria
A frieza faz com que não sintamos alegria em cultuar a Deus. Vamos para os cultos muito mais por força do hábito ou para cumprir tabela. Ir ao culto passa a ser algo maquinal e desprovido de prazer.

Quando temos vergonha de falar de coisas espirituais
Além de sentir vergonha de ser identificado como crente e de ter vergonha de pregar o evangelho, o crente frio também tem vergonha de entrar em assuntos sobre coisas espirituais. Ele prefere se afastar e se omitir.

Quando esportes, recreação e trabalho tomam o lugar principal da vida e ocupam o lugar de Deus
Outro sintoma da frieza espiritual é o ato de deixar que tudo ocupe o lugar de Deus em nossas vidas. Tudo é motivo para não congregarmos ou para não praticarmos as disciplinas espirituais. Damos desculpas tais como o trabalho, o lazer e a pratica de esportes, mas isso é apenas a ponta do iceberg.

Quando pecados são cometidos e não causam nenhuma dor na consciência
A consciência cauterizada é uma evidência clara de esfriamento espiritual. A prática do pecado se torna algo normal na vida da pessoa e ela já não sente qualquer tipo de culpa quando peca.

Quando a aspiração pela santidade deixa de ser um alvo da nossa vida
O ideal da santidade passa longe daquele se está frio na fé. Não há mais aquele desejo de agradar a Deus, de fugir do pecado e de andar na presença de Deus. O temor do Senhor vai desaparecendo completamente do coração da pessoa.

Quando a aquisição de bens materiais passa a ser o principal foco da vida, ou seja, o materialismo assume o controle
O materialismo se torna um fim em si mesmo. A prosperidade passa a ser a razão de ser da vida da pessoa. Ela só pensa em acumular tesouros nesta terra. O que importa é o ter e não mais o ser.

Quando os louvores cantados na igreja não são verdades vividas
Cantamos apenas por cantar. Nada sentimos e o momento de adoração é apenas de boca pra fora. Não há mais o compromisso de viver o que se canta.

Quando assistimos a cenas eróticas e ou de homossexualismo na TV e não censuramos nem nos indignamos

A frieza espiritual nos leva a enxergarmos o pecado como sendo algo normal e por isso tanto nos permitirmos ver cenas eróticas na TV, como deixamos de censurar o pecado em todas as suas formas.

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