ABRAÃO
Seu nome original era
Abrão, que significa “pai exaltado”, mas depois que Deus fez uma aliança com
ele, passou a chamá-lo de Abraão, que quer dizer “pai de multidões”. Sua
história está registrada nos capítulos 12 a 25 do livro de Gênesis.
Abraão é considerado o pai
da fé porque a partir dele é que Deus constituiu um povo para si, a nação de
Israel. De Israel nos veio o salvador, o nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso,
nós os cristãos também o consideramos como nosso pai na fé. Todos os que são da
fé são filhos de Abraão.
Abraão foi um homem inconformado em sua geração e por isso mesmo tem muito a nos ensinar sobre o tema:
Pessoas
inconformadas vivem experiências extraordinárias. Abraão
vivia em uma boa cidade (Harã) e tinha a sua casa própria, uma linda esposa e
uma vida estabilizada. Além disso, tinha por perto as pessoas que mais amava, a
sua parentela. Aos olhos humanos ele parecia estar muito bem. Qualquer um no
lugar dele facilmente se acomodaria.
Mas dentro dele havia uma
inquietação, uma insatisfação em seu espírito que ele não conseguia compreender.
Ele olhava à sua volta e sentia-se inconformado com tanta idolatria. Ele tinha
sede por conhecer o verdadeiro Deus. Desesperadamente ele desejava encontrar esse
Deus.
Foi quando algo
extraordinário aconteceu em sua vida: Deus falou com ele. Sim, ele ouviu a voz do próprio Deus falando
com ele e foi então que a sua história mudou completamente e sua vida
finalmente ganhou sentido. Deus ordenou que ele saísse de sua terra e de sua
parentela e fosse a uma terra que Deus iria lhe mostrar e prometeu que a partir
dele Deus iria formar uma nação e que através dele todas as famílias da terra
seriam abençoadas. Fez uma aliança com ele e prometeu que sua descendência
seria tão numerosa quanto às estrelas do céu. E Deus cumpriu todas as suas
promessas. (Gn.12)
Pessoas comuns são
acomodadas aceitam a mesmice, o natural, o comum, o ordinário. Elas preferem
estar na zona de conforto e conseguem se satisfazer com uma vida medíocre. Mas,
os que são inconformados querem mais, querem ir além do normal, do ordinário,
querem viver o extraordinário.
Pessoas
inconformadas são movidas por fé. A fé nos leva a enxergar
além do que os nossos olhos vêm. A fé nos impulsiona a romper limites e a
desafiar o impossível. Nada é impossível para aquele que crê. Foi por isso que Abraão
não se conformou com o fato de ser velho e sua mulher ser estéril, ele
acreditou que o milagre iria acontecer e Isaque nasceu. A fé é o firme alicerce
sobre o qual repousa a esperança. Abraão creu e por isso ele foi capaz de
esperar contra a própria esperança. Ao olhar para as estrelas ele chamava à
existência o que não existia como se já existisse e sua fé ativou o milagre.
Foi assim que Deus o fez pai de multidões.(Gn.21)
Pessoas
inconformadas têm sede de Deus. Abraão era um exímio construtor
de altares, um verdadeiro adorador. Cada vez que ouvia a voz de Deus, e a cada
experiência que ele tinha com o Todo-Poderoso, ele levantava um altar em
adoração. Altar é lugar de intimidade. Só constrói altar quem deseja estar
próximo, ter comunhão. Altar é lugar de sacrifício, de entrega total, sem
reservas. Devemos fazer no nosso coração e da nossa casa um altar para Deus.
(Gn.12:7 e 8; 22:9).
Pessoas
inconformadas tomam de volta o que o inimigo levou. Abraão
era um homem pacífico, mas quando soube que quatro reis haviam invadido Sodoma
e levado tudo que pertencia a Ló, seu sobrinho, ele não se conformou. Com um
pequeno exército de apenas 318 homens enfrentou e venceu aos 4 reis com seus
exércitos e tomou de volta tudo que eles haviam saqueado de Ló. Só os
inconformados vão à luta e recuperam aquilo que o inimigo levou. Os covardes
entregam tudo de mão beijada e se conformam com as perdas. Não podemos aceitar
que o inimigo continue nos roubando, tomando de assalto nossas casas, nossas
famílias, nossos sonhos, nossa alegria. (Gn.14)
Pessoas
inconformadas entendem o poder da intercessão. Quando
Deus decidiu destruir Sodoma e Gomorra, antes de fazê-lo, enviou anjos à casa
de Abraão e revelou a ele o que iria fazer. Abraão sabia o quão pecadores eram
os moradores daquelas duas cidades, mas mesmo assim ele se importou com eles. O
intercessor aprende desde cedo que ele deve aborrecer ao pecado, mas nunca pode
deixar de amar o pecador. Foi assim que Abraão, inconformado em ver tantas
pessoas perdidas, pôs-se a clamar a Deus por elas. Ele foi ousado e insistiu
por seis vezes. Ele orou: Se tiver 50, 45, 40, 30, 20 ou 10 justos na cidade,
tu destruirás os justos com os pecadores? E Deus respondeu que não destruiria
se encontrasse qualquer dos números citados por Abraão. O problema é que o pecado
havia se alastrado de tal maneira da cidade que contaminou a todos, de forma
que não foram encontrados sequer 10 justos dentro delas, razão pela qual Deus
as destruiu com fogo. Devemos aprender com Abraão sobre a importância e o poder
da intercessão. A intercessão move o poderoso braço de Deus. Através da
intercessão Deus pode operar milagres. (Gn.18:23-33).
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